Doença de Bowen

Doença de Bowen

Publicado em 26 de março de 2015

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A doença de Bowen (DB), corresponde a um carcinoma espinocelular IN SITU, ou seja, de localização intra-epidérmica. Afeta indivíduos de ambos os sexos, com mais de 50 anos de idade. Caracteriza-se clinicamente por uma placa eritematosa circular bem definida, com 2 a 5cm de diâmetro, com escamas aderentes e discreta infiltração.

O crescimento é muito lento. Se for de origem actínica geralmente é solitário e as localizações mais comuns são a face, dorso das mãos, dorso dos dedos, braços e pernas. Nas pacientes que apresentam lesões múltiplas em áreas cobertas (tronco), deve ser suspeitada a ingestão de arsênico, podendo a DB vir acompanhada de câncer visceral (laringe, pulmão,  aparelho gastro-intestinal ou urogenital). Embora a DB seja potencialmente capaz de evoluir para um carcinoma espinocelular invasivo, isto não é freqüente. 

Entretanto, esta possibilidade é sugerida se a lesão se tornar mais infiltrada, com a presença de pápula, nódulos, erosão ou ulceração. O diagnóstico diferencial da DB é feito com  carcinoma basocelular superficial, ceratose solar, eczema numular, psoríase, papulose bowenóide e doença de Paget. 

A biópsia de pele torna-se imprescindível para a confirmação do diagnóstico de doença de Bowen.  A histopatologia mostra hiperplasia epidérmica com total desorganização da arquitetura epidérmica, com células atípicas hipercromáticas, vacuolizadas e grande número de mitoses, conservando-se, entretanto, intacta a membrana basal, não havendo invasão dérmica. Completando o quadro, a presença de denso infiltrado mononuclear. O tratamento pode ser feito com crioterapia, radioterapia ou  5-fluoruracil tópico. Entretanto, o mais seguro é a excisão cirúrgica, com possibilidades mínimas de recidiva.

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