Ceratose Pilar

Ceratose Pilar

Publicado em 12 de setembro de 2014

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Ceratose pilar é uma desordem genética da queratinização dos folículos pilosos da pele, caracterizada por hiperqueratinização. É uma condição benigna, extremamente comum, que se apresenta como pequenas pápulas queratósicas ásperas na pele.

Etiopatogenia: Ainda com etiologia indefinida, têm herança genética, com história familiar positiva em mais de 50% dos casos. Relaciona-se a situações que predispõem a pele seca, ictiose, xerose, dermatite atópica.  Apresenta também relação estatisticamente significante entre o problema e um índice de massa corpórea maior que 25. Acredita-se que haja uma hiperqueratinização ao redor do folículo piloso, que quando obstruído dá origem a pápulas queratósicas, que surgem a partir do acúmulo de queratina sobre o óstio folicular.  Muitos pacientes adquirem um eritema ao redor do folículo, sendo indicativo de processo inflamatório.

Epidemiologia: Doença muito comum, acomete preferencialmente crianças e adolescentes. Estima-se que 50 a 80% dos adolescentes sejam atingidos pela dermatose e aproximadamente 40% dos adultos. Normalmente as mulheres são mais afetadas que os homens. Apresenta períodos de melhora no verão e piora no inverno, provavelmente pelo clima seco imposto pela estação.

Quadro clínico: Caracteriza-se por pápulas queratósicas foliculares, de textura áspera, alguns pacientes descrevendo um aspecto de “lixa”, principalmente em faces extensoras de braços e coxas, mas podem acometer nádegas, tronco e até face. Eritema pode ser visto, se inflamação estiver presente. Normalmente assintomáticas, mas eventualmente podem ser pruriginosas.  E apesar do caráter benigno, tem grande impacto estético nos pacientes. Queratose pilar atrofiante da face (Ulerythema ophryogenes)  é descrita como uma variante incomum, caracterizada por pápulas eritematosas na face principalmente em bochechas e sobrancelhas. Pode ocorrer perda de pêlo na área afetada.

Tratamento: Como a doença tem origem genética, nenhum tratamento curativo é viável. Dessa forma, deve-se orientar o paciente sobre a necessidade da continuidade do tratamento. Medidas gerais para prevenir o ressecamento da pele são fundamentais, assim como uma boa hidratação.  Uso de cremes queratolíticos é essencial para o tratamento. Opções terapêuticas incluem uso de ácido lático, ácido glicólico, ácido salicílico, cremes de uréia, adapaleno e retinóides. Cremes esteróides para o componente eritematoso podem ser usados. Uma rotina de composto uréia e ácido salicílico 2 vezes ao dia têm boa resposta. Uso intermitente de retinóides tópicos, semanalmente ou quinzenalmente pode ser útil. Tacrolimus, pimecrolimus podem ser opções para pacientes com componente inflamatório importante e resistente a retirado do CE.

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