Líquen Escleroso e Atrófico (LEA)

Líquen Escleroso e Atrófico (LEA)

Publicado em 11 de maio de 2015

Atlas de imagens

Doença cutânea crônica de causa desconhecida que atinge 10 vezes mais as mulheres, acometendo mais a área anogenital, nuca, ombros e região lombo-sacra. Apresenta-se como pequenas pápulas cor de marfim, com espículas córneas foliculares na parte central. Estas pápulas coalescem evoluindo para placas atróficas com superfície enrugada.Tem-se cogitado a participação de fatores hormonais, a associação com doenças autoimunes, HLA-A29 e B44 e com  os antígenos da classe II DQ7, 8 ou 9.

O LEA genital atinge a mulher entre os 45 e os 60 anos de idade, embora possa ocorrer em jovens, compromentendo  a vulva e o períneo (aspecto do número “8”). Repetidos ciclos de erosões e cicatrizações  induzem à contração do intróito vaginal. Pode haver prurido importante. Antigamente chamava-se craurose vulvar.

O espinalioma do clítoris e pequenos lábios são vistos em 4% das pacientes. A balanite xerótica obliterante ocorre em no homem adulto, embora possa ser vista em jovens não circuncisados. Balanites recorrentes que se intensificam com o intercurso sexual podem evoluir para placas brancas atróficas no prepúcio e glande. A possibilidade da balanite atrófica obliterante evoluir para o câncer de pênis é de 4 a 8%.

A histopatologia mostra atrofia da epiderme com hiperqueratose folicular e na derme observamos uma faixa de edema e hialinização do colágeno com perda das fibras elásticas.

O diagnóstico diferencial deve ser feito com vitiligo e líquen plano.

O tratamento pode ser feito com corticóides fluorados potentes como o clobetasol, hidratantes e propionato de testosterona a 2% ou progesterona 300mg em creme, cada um deles durante uma semana de forma cíclica por 3 a 6 meses. Acitretin sistêmico ou ablação com laser de CO2 nos casos rebeldes.

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