Hordéolo ou Terçol

Hordéolo ou Terçol

Publicado em 11 de maio de 2015

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O hordéolo ou terçol é uma desordem bastante comum das pálpebras. Trata-se de uma infecção aguda das glândulas sebáceas das pálpebras (Zeiss e/ou  Moll), usualmente causada pelo Staplylococcus aureus – hordéolo externo. Geralmente essa infecção bacteriana é secundária a uma obstrução das glândulas.

Menos frequentemente, ocorre infecção das glândulas de Meibomius – hordéolo interno.

Chama-se calázio quando há apenas quadro inflamatório das glândulas de Meibomius por obstrução das mesmas, porém sem infecção bacteriana presente. Trata-se de um quadro mais crônico e arrastado, e que muitas vezes necessita de intervenção cirúrgica.

Essencialmente, o hordéolo trata-se de uma infecção aguda, enquanto o calázio refere-se a uma reação crônica granulomatosa e não infecciosa. Clinicamente pode ser uma diferenciação bastante difícil.

Etiopatogenia: Um dos principais fatores de risco para o surgimento do hordéolo é a blefarite, uma inflamação na borda livre das pálpebras. Essa inflamação associada à maior produção de gordura, facilita a obstrução das glândulas e uma conseqüente infecção bacteriana secundária.
Rosácea ocular, o hábito de não remover a maquiagem da área dos olhos, o uso inadequado de lentes de contato e a má higiene para manuseá-las também são fatores predisponentes.

Epidemiologia: Adolescentes e adultos estão mais sujeitos a hordéolos e calázios, provavelmente devido à maior produção hormonal que influencia maior produção de gordura.

Quadro clínico: O quadro clínico evidencia nódulo inflamatório, edematoso e eritematoso na borda palpebral, bastante doloroso, e que pode apresentar ou não pústula central com drenagem de pus.  A doença é auto-limitada e melhora espontaneamente em 1 a 2 semanas.

Tratamento: Consiste basicamente em higiene local para desobstruir os canalículos das glândulas e evitar sua obstrução, além da aplicação de compressas de água morna várias vezes ao dia. A maioria dos casos drena espontaneamente e se resolve sem tratamento. Podem ser indicados pomadas ou colírios a base de antibióticos.
Quando a lesão torna-se crônica e não apresenta regressão com o tratamento clinico pode ser necessário drenagem cirúrgica.

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