Xantelasma

Xantelasma

Publicado em 29 de abril de 2015

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Trata-se de uma desordem benigna, caracterizada por placas amareladas tipicamente localizadas em região peripalpebral, especialmente em canto interno dos olhos e pálpebras superiores, sendo a forma mais comum de xantoma cutâneo. Apresentam tendência para progredir e coalescer, com caráter permanente.

Etiopatogenia: São decorrentes do acúmulo de gordura dentro dos histiócitos, conhecidos como histiócitos espumosos, localizados principalmente em derme reticular superior. O principal componente acumulado é o colesterol, que na sua maior parte é esterificado. Em 50% dos pacientes, níveis séricos normais de colesterol são encontrados. A principal associação é com hipertrigliceridemia, encontrada em 50% dos casos. Em alguns pacientes encontram-se também valores de HDL reduzidos. Nesses casos, pode ser considerado um preditor de risco cardiovascular, doença cardíaca isquêmica e aterosclerose severa, especialmente se combinados a hipertensão arterial, diabetes, obesidade e tabagismo.

Epidemiologia:  Doença rara na população geral, tem discreta predominância no sexo feminino. Têm pico de incidência entre a quarta e quinta década de vida.

Quadro clínico: Caracterizam-se por placas amareladas em região peripalpebral, especialmente em canto interno do olho e pálpebras superiores. O caráter é progressivo e tendem a coalescer.
O diagnóstico é clínico, mas deve ser lembrado que cerca de metade dos pacientes apresentam alterações lipídicas, devendo ter seus valores sempre mensurados.

Tratamento: Baseia-se primariamente em restrição dietética e controle farmacológico lipídico caso necessário. A resposta estética do xantelasma é limitada com tratamento isolado da dislipidemia. Inúmeras opções terapêuticas para tratamento estético do xantelasma estão disponíveis, como remoção cirúrgica, eletrocirurgia, lasers ablativos de CO2, cauterização química com ácido tricloroacético e criocirurgia.
Eletrocauterização e criocirurgia podem destruir lesões superficiais, mas requerem repetidos tratamentos. Criocirurgia  pode acarretar cicatrizes e hipopigmentação e deve ser desencorajada.
Lasers ablativos de CO2 são excelentes opções para xantelasmas localizados, e sem envolvimento de musculatura.
Para casos de xantelasma difuso, acometimento de derme profunda e/ou músculo, a remoção cirúrgica estaria melhor indicada.
Recorrência é comum, com taxa de recidiva de cerca de 40%.

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