Pitiríase Liquenóide Crônica

Pitiríase Liquenóide Crônica

Publicado em 28 de abril de 2015

Reconhecida por Juliusberg em 1899, constitui o segundo espectro da pitiríase liquenóide. É uma dermatose adquirida de caráter benigno caracterizada por surtos recorrentes de pápulas descamativas pelo corpo, mais freqüente que a forma aguda.

Etiopatogenia

Como nas pitiríases liquenóides, existem as hipóteses de ser a pitiríase liquenóide crônica uma resposta imune atípica (com aumento de linfócitos T CD4+) em indivíduos susceptíveis a certos antígenos, como agentes infecciosos e drogas, ou tratar-se de uma desordem linfoproliferativa de células T como a papulose linfomatóide e algumas formas de hiperplasia linfóide cutânea de células T.

Manifestações clínicas

Caracteriza-se pelo aparecimento gradual de pequenas maculopápulas eritemato-acastanhadas, planas, com escama central aderente. As lesões localizam-se freqüentemente no tronco e extremidades proximais e, ao desaparecerem, deixam hipo ou hiperpigmentação local. O quadro remite dentro de semanas a meses, mas pode haver quadros que persistem com surtos e remissões durante anos. Tem curso mais indolente que na pitiríase liquenóide aguda. A apresentação cutânea prediz a evolução: lesões generalizadas duram alguns meses e lesões mais periféricas podem durar anos.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito ao se correlacionar a clínica aos achados histopatológicos. Os achados da biópsia são um infiltrado inflamatório dérmico superficial perivascular de linfócitos T CD4+. Pode haver ainda outros achados mais discretos: escamas paraceratóticas, necrose de queratinócitos, extravasamento de hemácias, infiltrado neutrofílico, espongiose e vesículas. Os principais diagnósticos diferenciais são parapsoríase em pequenas placas, psoríase gutata, líquen plano, pitiríase rósea, sífilis secundária, papulose linfomatóide, erupção a drogas e dermatite papular.

Tratamento

Não existe tratamento padrão, e os citados são de relatos de casos. Podem ser usados antimicrobianos orais como tetraciclina e eritromicina, pelo efeito imunomodulador, corticóides tópicos, coaltar tópico, fototerapia. Nos casos secundários ao uso de drogas, suspender a droga.

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